Dylan Groenewegwn (Jumbo-Visma) impôs-se ao sprint numa etapa (quase) sem história. Destaca-se uma fuga consentida, e sempre controlada, de dois modestos ciclistas franceses (Yoann Offredo e Stéphane Rossetto), os quais foram caçados a 12 km da meta, o que originou - como se esperava - uma chegada massiva na qual o holandês esteve fortíssimo, batendo sprinters de gabarito como Caleb Ewan, Peter Sagan, Sonny Collbrelli, Jasper Philipsen e Elia Viviani.
Mas antes, um descuido de Daniel Martin e Quintana, sobretudo (apesar de estarem outros ciclistas nesse grupo) fez com que os alarmes soassem no pelotão. A sorte de Martin foi que tinha Rui Costa para o ajudar (o português foi buscar águas ao carro), o qual teve naturalmente de largar alguma da "bagagem" e iniciar uma luta contra o vento. Mas pouco depois teve a ajuda da Movistar, que ajudou a imprimir um ritmo altíssimo, superior a 60 km/h, em perseguição do pelotão principal. Felizmente o pelotão não estava ainda em modo "torpedo" e pouco depois o grupo de Rui Costa, Martin, Quintana e companhia recolou ao pelotão.
Os quilómetros finais foram demolidores e uma autêntica dor de pernas para aqueles que têm o inglório trabalho de aumentar o ritmo. Esse trabalho, como quase sempre acontece, foi iniciado pela Deceuninck-Quick Step (onde milita o Diretor logístico português Ricardo Scheidecker), com Morkov e Richeze a imprimirem um ritmo demolidor, deixando perfeitamente situado Elia Viviani. Mas o italiano, quando chegou a hora da verdade, não esteve à altura dos acontecimentos. A velocidade no sprint final superou os 70 km/h, cabendo a vitória ao homem da Jumbo-Visma, provavelmente o melhor velocista puro do pelotão, sendo a sua quarta vitória no Tour.
A geral continua igual, com o italiano Giulio Ciccone (Trek-Segafredo) na liderança, com 6" de vantagem sobre Julian Alaphilippe.
Amanhã decorre a oitava etapa, entre Macon e Saint Etiene, com 200 km, uma exigente jornada de média montanha pelo Maciço Central com sete subidas (cinco de segunda e duas de terceira categoria), propícia para uma fuga. A última subida, de 3ª categoria (cote de la Jaillere, com 1,9 km a 7,9%), está a 13 km da meta.