O resultado da primeira semana está à vista. Hoje a grande maioria dos ciclistas demonstrou cansaço extremo numa etapa (a 13ª) que tanto pontificou pela beleza do cenário, como pela dureza física.
A Volta a Itália está mais aberta do que nunca, com Zakarin, Mollema, Nibali, Carapaz, Majka e Landa a ameaçar Roglic, mas nota-se que não há uma equipa sólida capaz de controlar a corrida. Tudo é possível e a verdadeira montanha apenas agora começou.
Zakarin (Katusha) integrou uma numerosa fuga com 28 elementos e ganhou na dura subida final, estando agora em terceiro da geral, seguido de Mikel Nieve (que também estava na fuga). A grande deceção foi Simon Yates que não conseguiu responder ao ataque de Landa e que pode assim ter-se despedido de vez de lutar pelo pódio.
Embora o líder continue a ser Jan Polanc - que resistiu aos solavancos na subida - a verdade é que dificilmente conseguirá manter muito mais tempo a camisola rosa. A montanha continua amanhã e certamente os ataques irão suceder-se pelo que haverá certamente mais mexidas no top10, com provavelmente a perda da camisola e mais algumas desistências.
Se a jornada de hoje foi dura (isso viu-se na chegada dos ciclistas aos autocarros das equipas, completamente esgotados), a verdade é que a etapa de amanhã (Saint Vincent-Courmayer) tem tudo para ser ainda mais. Vai ser uma etapa curta. mas explosiva com "apenas" 131 km, mas de dureza máxima, com várias subidas: Verrayes (6,7 km a 7,6%); Verrogne (13,8 km a 7,1%); Truc d´Arbe (7,6 km a 7,4%), Colle San Carlo (10,5 km a 9,8%) e Courmayeur-Monte Bianco, onde acaba a etapa após uma subida de 8 km a 3,3% que sem ser muito dura pode marcar diferenças pela fadiga acumulada. O duríssimo Colle San Carlo - com muitas partes acima dos 13 e 14% a cerca de 26km da meta - poderá sentenciar a corrida.
Amaro Antunes (CCC Team) foi 49º na etapa e ocupa a 31ª posição da geral.