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Volta a Itália: dia frenético acabou com vitória de Cesare Benedetti

Cesare Benedetti (BORA-hansgrohe), foi o vencedor de uma etapa alucinante que viu o pelotão partir-se em mil pedaços.

Revista Ciclismo a fundo Foto: Bettini

2 minutos

Volta a Itália: dia frenético acabou com vitória de Cesare Benedetti

Após algumas jornadas sem muito para contar, hoje vivemos uma frenética 12ª etapa no Giro, uma ligação de Cuneo a Pinerolo, com 158 km e que serviu de homenagem a Fausto Coppi. A etapa foi repleta de episódios, com o primeiro grande colosso do Giro, o Montoso (8,9 km a 9,4% de média).

A vitória (surpreendente, pelo menos para nós) em Pinerolo, foi do italiano Cesare Benedetti, de 31 anos.., a primeira nas suas onze temporadas como profissional! O italiano da Bora-hansgrohe era um dos 26 integrantes da fuga do dia, que alcançou uma vantagem considerável (chegou a ter 15´30), e cujos integrantes mais fortes (Damiano Caruso, Eddie Dunbar, Gianluca Brambilla, Eros Capecchi e o próprio Benedetti) discutiram o triunfo ao sprint. Brambilla, Capecchi e Dunbar ganharam vantagem na subida em empedrado a 2 km do final (San Maurizio, com 500 metros a 13,2%), mas não contavam serem alcançados por Caruso e por Benedetti. 

A 25" chegou Jan Polanc (UAE Team Emirates), sexto, o qual se converteu no novo líder do Giro ao ganhar mais de 8´ao grupo de favoritos e 10´37 ao seu companheiro Valerio Conti. Foi uma grande jogada tática da UAE Team Emirates de Joxean "Matxin" que, perante uma possível mudança de líder, colocou na fuga o atual campeão da Eslovénia de contrarrelógio e vencedor de duas etapas do Giro, uma delas no Etna, em 2017.

Atrás, Mikel Landa e Miguel Ángel López atacavam no Montoso. Ajudados pelos seus companheiros Sutterlin e Boaro, que vinham da fuga, conseguiram manter durante 30 km uma vantagem à volta dos 30 ou 40", a qual na meta se cifrou nos 25". É uma vantagem escassa, mas que abre as esperanças para as futuras etapas de montanha. Esta etapa serviu também para mostrar que tanto Landa como López estão fortes e colocaram em cheque os restantes favoritos.

Sobretudo Primoz Roglic que esteve sozinho no grupo de favoritos, sem companheiros de equipa para o ajudar. Hoje aproveitou o trabalho das restantes equipas (sobretudo da Trek-Segafredo, com Ciccone a sacrificar-se por Mollema) e salvou um dia complicado, mas esta solidão do líder da Jumbo-Visma gera algumas dúvidas para as complicadas etapas de montanha que se aproximam. 

Na classificação geral, Roglic está a 4´07" de Polanc, com Conti a 4´51" e Nibali a 5´51". Entre os favoritos, Mollema está a 6´02" do líder, Majka a 7´00", Carapaz a 7´23", Simon Yates a 7´53", López a 8´08" e Mikel Landa a 8´31". Em vésperas de duas etapas de montanha de altíssimo nível, o Giro ainda está aberto e sem uma equipa sólida que o possa controlar. 

Amanhã decorre a primeira grande etapa alpina com final em alto e acima dos 2.000 metros de altitude, numa jornada de 196 km com três duras subidas: Colle de Lys (13,2 km a 7,1%), Pian del Lupo (9,4 km a 8,7%) e a subida final ao Lago Serrú, em Ceresole Reale, de 20 km a 6% de média - com rampas até 14% -. 

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