A partida da Volta a França em 2023 será em Bilbau, mas pouco depois os ciclistas terão de enfrentar os Pirenéus e as principais subidas francesas.
A apresentação oficial da prova será amanhã, mas já podemos adiantar alguns detalhes. Para além dos Pirenéus, o pelotão terá subidas impiedosas no Maciço Central, em Jura e nos Alpes.
O País Basco receberá pela segunda vez uma partida da prova - a primeira vez foi em 1992 em San Sebastián - e, garantimos, não será uma tarefa fácil. Cinco subidas serão o prato do dia logo no dia 1 de Julho, com a subida a Pike, a 10 km da chegada a ser a principal dificuldade. Neste dia, o desnível acumulado supera os 3.300 metros.

Nunca antes a Volta a França teve um início tão intenso e ainda por cima no dia seguinte vai acontecer o mesmo em estradas que costumam ser percorridas na Clássica de San Sebastián, cidade que receberá a chegada de uma etapa que começa em Vitoria, após serem percorridas 5 subidas, sendo a última (Jaizbikel) a menos de 20 km para a meta.

Os sprinters terão a sua primeira oportunidade na terceira etapa, com partida em Amorebieta e regresso a França por Irún, com meta na parte francesa do País Basco.
HOMENAGEM A OCAÑA
A Volta a França vai fazer uma homenagem a Luis Ocaña, numa altura em que se cumpre meio século após a sua vitória na prova francesa. Depois, os ciclistas vão ter de enfrentar os Pirenéus, com subidas ao Tourmalet e provavelmente ao Col d´Aspin, embora também se fale de um possível contrarrelógio em Pau.
A partida nos Pirenéus vai ser em Bordéus, depois a caravana vai passar em Libourne, Limoges ou Saint-Leonard-de-Noblat (onde morava Raymond Poulidor), antes de enfrentar o Maciço Central, com uma possível etapa que terminará em Puy de Dôme, inédita desde 1998. Falta confirmar que estrada vai ser escolhida para levar os ciclistas a esta subida, pois tudo indica que estará fechada ao público.
Depois, a Volta a França vai deambular por Auvernia e pelos seus famosos vulcões, um cenário espetacular de média montanha que servirá de aperitivo para o primeiro dia de descanso em Clermont-Ferrand.
JURA: SERÁ MAIS DECISIVO DO QUE APARENTA
Não faltarão etapas de média montanha antes de a comitiva chegar às duras subidas de Jura e existe a possibilidade de haver uma chegada com meta no Grand Colombier.
Quase sem etapas de transição, a corrida rumará em direção aos Alpes, onde não faltará alta montanha e, possivelmente, um contrarrelógio, que decorrerá a uma semana do final em vez de no penúltimo dia, precisamente antes do último dia de descanso em Salanches.

A subida ao Col de la Loze, com os seus 2.304 metros de altitude e rampas a 20%, voltará ao percurso da Volta a França em 2023 pela segunda vez na história, após a vitória em 2020 do colombiano Miguel Ángel López.
Depois, o pelotão voltará a enfrentar o Jura, mas desta vez pela parte mais setentrional, com uma eventual chegada ao Grand Ballon, que será decisiva.
No dia seguinte (23 de Julho), o sucessor de Jonas Vingegaard vai percorrer os Campos Elíseos vestido com a camisola amarela de líder e vencedor da Volta a França.