Os danos económicos que a crise do coronavírus está a causar faz tremer cada vez mais o mundo do ciclismo perante um futuro incerto. As equipas World Tour agarram-se à esperança de que o segundo semestre deste ano permita a realização do calendário provisório anunciado pela UCI, mas tudo dependerá do surto e, sobretudo, do surgimento eventual de algum foco numa destas provas. Isso seria o descalabro e colocaria toda a restante temporada em stand by. A própria Astana está em modo sobrevivência, como anunciou o diretor geral. Todavía, e pressupondo que o Tour realmente será realizado, o colombiano Miguel Ángel "Supermán" López será o líder.
"Sem provas o futuro é complicado para o ciclismo. A nossa equipa está a tentar sobreviver, como todas as outras", afirmou o cazaque Alexandre Vinokourov, managger geral da Astana. Aliás, o dono da Deceuninck-Quick Step, Patrick Lefevere, como anunciámos em primeira mão, anunciou o mesmo.
Vinokourov ressalva que o momento económico que o seu país vive é muito complicado, como no resto do mundo, com a particularidade da redução do preço do petróleo, o principal recurso do Cazaquistão. "Temos de sobreviver este ano. Se não houver provas, será muito difícil para todos, e creio que desapareceremos no próximo ano", assegura Vinokourov.
O cazaque espera que o calendário provisório anunciado pela UCI se concretize, até por uma questão de motivação extra para os ciclistas. Enquanto são esperados mais desenvolvimentos na área sanitária, Vinokourov confirmou que o colombiano Miguel Ángel López será o líder para a Volta a França (29 de agosto a 20 de setembro) e o dinamarquês Jakob Fuglsang para o Giro (3 a 25 de outubro).