As condições climatéricas que se fizeram sentir em França, especificamente na região de Pont-Châteu, onde decorreu o Europeu, obrigaram a um adiamento quase integral do programa da competição para este domingo, com as duas provas que envolveram ciclistas lusos a decorrerem durante a parte da manhã.
Ana Santos foi a primeira a entrar em prova, às 10h, tendo conseguido um 22.º lugar na categoria sub-23, entre as 26 atletas em prova, a 6m55s da neerlandesa Femke Van Gort, que conquistou a medalha de ouro, à frente da belga Lotte Baele, que chegou a 5m17s, e da francesa Alexandra Valade, que chegou a 5m22s e completou o pódio.
Na categoria absoluta feminina, a campeã europeia de 2022 - a neerlandesa Fem van Empel - que tem somente 21 anos e é a atual campeã do mundo - voltou a ganhar com uma vantagem folgada (1m35) sobre a sua compatriota Ceylin del Carmen Alvarado e com 1m56 de vantagem sobre a italiana Sara Casasola.
Seguiu-se a prova masculina sub-23, às 11h50, na qual Rafael Sousa, à imagem de Ana Santos, conseguiu manter-se na volta do vencedor, tendo terminado na 37.ª posição, entre os 44 ciclistas que terminaram a prova. O jovem luso ficou a 5m58s do belga Jente Michels, que ergueu a medalha de ouro, com 25 segundos de vantagem sobre o compatriota Emiel Verstrynge e 44 sobre o francês Rémi Lelandais.
Na prova principal - categoria masculina absoluta - Michael Vanthourenhout foi o vencedor, mas por um triz, dado que o segundo classificado - o britânico Cameron Mason - ficou a somente 7 segundos. Lembramos que o belga de 29 anos foi o vice-campeão do mundo de ciclocrosse em 2018 e o ano passado foi o campeão europeu da especialidade. Além disso, há dois anos foi medalha de bronze e há três anos foi medalha de prata.
“A participação da seleção num Europeu deste nível é inédita. Viemos com intenção de ganhar experiência e de nos medirmos no nível de ciclocrosse praticado internacionalmente. Estávamos aqui pela primeira vez e para aprender. Os objetivos que tínhamos para a corrida foram concretizados”, começou por explicar Pedro Vigário.
“O Rafael Sousa e a Ana Santos, devido ao ranking, partem mais atrás, o que dificulta o posicionamento na corrida. No entanto, fizeram uma corrida bastante constante e chegaram na volta do vencedor sem grandes problemas, que era também um dos objetivos. Tudo isto em condições muito duras, com bastante chuva, lama e frio, o que trouxe ainda mais dificuldades”, concluiu o selecionador nacional.