Esta é claramente uma bicicleta nascida no seio das corridas e que ajudou Julien Absalon quando correu pela equipa Orbea a ganhar muitas competições. A Oiz foi-se tornando uma referência no mundo das bicicletas de suspensão total de Cross Country de competição e nas suas últimas edições já contava com a tecnologia mais futurista que existe. Mas a Orbea voltou a revolucionar e tornou-a mais rápida e leve.
E conseguiu fazê-lo através das fibras de carbono OMR (Orbea Monocoque Race), com o módulo mais alto dentro do repertório tecnológico da marca. Para conseguir aligeirar o quadro, os cortes do carbono foram feitos a laser, de modo a evitar reforços extra.
As novas formas do quadro chamam a atenção, mas existem alguns pontos comuns com a versão anterior. Sobressaem as formas mais arredondadas e menos agressivas, com destaque para o link Fiberlink totalmente novo. Este link, de dimensões muito reduzidas e fabricado em carbono de origem aeroespacial, pesa 59g. O quadro prescinde de articulações no seu basculante graças à flexão natural do carbono do sistema UFO, por isso o peso de 1,6 kg do quadro (sem amortecedor) coloca-o logo na lista de um dos mais leves na sua categoria.
O quadro estreia o sistema Inside Line em que o cabo de bloqueio remoto do amortecedor é guiado internamente, conduzido pelo tubo superior e integrando-se de forma invisível no sistema, tornando tudo mais leve e permitindo mais espaço para a colocação de uma grade de bidon. Por falar nisso, a nova Oiz é compatível com duas grades de bidon nos tamanhos M, L e XL.
RUMO À TAÇA DO MUNDO
Tanto a geometria como a cinemática de suspensões da Oiz procuram a máxima eficiência, mas adotam as novas tendências e exigências dos circuitos atuais, crescendo em termos de curso traseiro dos 90 aos 100 mm e em comprimento do triângulo dianteiro, com um ângulo de direção agora mais aberto (passando dos 70 a 69 graus) e um tubo de selim também 1 grau mais vertical (de 74 a 75º). O comprimento das escoras também foi encurtado em cerca de 5 mm, tornando a bicicleta mais estável, reativa e segura nas descidas.
A Orbea continua a confiar no seu conceito Big Wheels, oferecendo a bicicleta nos tamanhos 27,5 e 29" em S, enquanto os restantes tamanhos estão disponíveis unicamente em 29", procurando oferecer as melhores prestações no mundo do XC.
O sistema de amortecimento tem um comportamento de progressividade crescente nos três primeiros quartos do curso, com vista a oferecer uma pedalada firme e estável, com uma regressão no último tramo de forma a que possamos aproveitar os 100 mm de curso na totalidade em secções técnicas.
TAMBÉM EM 120 MM
Aproveitando que o seu quadro é compatível com espigão telescópico, a Orbea criou a possibilidade de contar com uma versão Oiz com uma montagem mais focada nas Maratonas e no Trail. Para tal, foram feitas várias modificações neste modelo específico que tem 120 mm de curso. Vem equipado com uma suspensão específica, terá espigão telescópico de série e a sua geometria fica 1º mais relaxada, proporcionando mais controlo em situações técnicas e aumentando a polivalência desta bicicleta, mas mantendo a sua eficácia de pedalada.
Estarão à venda quatro modelos, todos com o mesmo quadro de carbono OMR e os preços começam nos 4.599€ do modelo M10, ascendendo aos 4.799€ da versão TR de 120 mm, 6.999€ no modelo M-Team, montando com o novo Shimano XTR M9100 e 7.499€ na versão mais elitista M-LTD, equipada com SRAM XX1 e rodas Mavic Crossmax Carbon.
Todas estão disponíveis no programa MyO com o qual podes modificar a decoração, o curso das suspensões (de 100 a 120 mm), pedaleira (por uma Rotor), pneus e ainda a possibilidade de instalar um espigão telescópico Race Face de série, entre outras modificações.
Em breve teremos a oportunidade de assistir em exclusivo nacional à apresentação internacional da marca e contaremos em primeira mão na revista BIKE os detalhes depois de a testarmos.