Diariamente desde o ano 2000 testamos todo o tipo de produtos relacionados com ciclismo e BTT. Já não é a primeira vez que testamos um smartphone, mas este Motorola Defy tem características que o tornam mais resistente às agruras do dia a dia de um ciclista ou betetista do que um smartphone convencional.
Nos nossos smartphones tradicionais - mesmo nos mais caros - já partimos ou estilhaçámos os ecrãs, os chassis estão pontilhados de marcas e toques e em alguns já nem conseguimos ler as mensagens...
Este Defy, desenvolvido pela Motorola em parceria com a Bullit Group, especialista em telemóveis resistentes, enquadra-se no segmento dos telemóveis literalmente "à prova de bala", que aguentam a maioria dos maus tratos de quem tem um estilo de vida ativo.
É impermeável, o chassis é muito resistente e à prova de impacto, com selagem dupla e o vidro reforçado é dos melhores do mercado (Gorilla Glass Victus). É um telemóvel volumoso (16.98 x 1.09 cm), um pouco mais pesado do que os smartphones topo de gama (pesa 236g), mas como tem uma parte traseira rugosa, que nos permite agarrá-lo mesmo com luvas ou com as mãos húmidas sem corrermos o risco de escorregar, compensa esse volume e peso adicional. Todavia, é um telemóvel que ocupa praticamente todo o espaço de um dos bolsos do jersey (em alguns calções largos que usámos durante o teste não cabe nos bolsos).
O Defy que testámos vinha com 4 GB de memória RAM e 64 GB de memória interna. A bateria tem uma potência de 5000mAh e a entrada de carregamento é do tipo USB do tipo C (carregador fornecido de origem). O sistema operativo é, obviamente, o Android, sendo a velocidade do processador de 2GHz. Trata-se de uma versão Octa-Core, desbloqueada, que permite colocar dois cartões SIM ou um SIM e um SD. Tem duas câmaras traseiras (que somam uns impressionantes 50MP) e uma frontal com 8MP.
Tem emparelhamento Bluetooth, GPS e várias funcionalidades típicas nos smartphones da Motorola. Na prática, é fácil de utilizar, o software é dinâmico e os botões laterais são volumosos o suficiente para serem ativados, mesmo quando estamos com luvas.
No cômputo geral, cumpre aquilo que se exige num telemóvel destes, sobretudo ao nível da resistência do ecrã e do chassis, mas em contrapartida é mais pesado e o seu volume faz com que tenhamos de ponderar bem que vestuário vamos levar nas nossas voltas de bicicleta.
Quanto ao preço médio, ronda os 339,99 euros, mas na Worten, por exemplo, pode ser adquirido por 259,99 euros. É uma questão de pesquisar onde fica mais barato.