A última etapa da Volta à Arábia Saudita terminou com a vitória de Phil Bauhaus (Bahrain-McLaren), batendo Nacer Bouhanni (Arkea-Samsic) que se queixou das mudanças de trajetória do corredor alemão nos metros finais. Queixas que não tiveram repercussões e que não evitaram que Bauhaus vencesse a geral, fruto do primeiro lugar no sprint e da respetiva bonificação. Rui Costa (UAE Emirates) sabia à partida que ia ser complicado bater Bauhaus, por ser especialista neste tipo de chegadas e pela ausência de subidas na etapa. Por seu lado, o espanhol da Burgos-BH, Ángel Madrazo, foi protagonista de boa parte da etapa, ao intrometer-se na fuga do dia, juntamente com Jon Irisarri (Seguros RGA-Caja Rural) e de outros corredores, ostentando a liderança virtual da prova até que as equipas com homens rápidos decidiram acabar com as veleidades, dentro dos últimos 10 km.
A quinta e última etapa da Volta à Arábia Saudita, que decorreu entre Princess Noura University e Al Masmak, com 144 km, teve algum vento e o perfil plano não apresentava dificuldades. A jornada começou nervosa, com uma fuga de uma dezena de corredores que chegaram a ter 4m30 de vantagem a 70 km da meta. A partir dessa altura, equipas como a Circus-Wanty e a Arkea-Samsic, com o líder Bouhanni em grande plano, começaram a perseguição com o objetivo de reduzir a distância em relação aos fugitivos. Ao mesmo tempo, vários furos e algumas quedas foram ocorrendo no pelotão.
Com cerca de 2 minutos de vantagem, a cerca de 40 km da meta, Madrazo, Irisarri e os restantes companheiros de fuga mantinham o protagonismo. Por seu lado, o pelotão parecia recuperar a calma, estabelecendo um controlo da distância, com o último sprint bonificado no horizonte. Conscientes de que Madrazo poderia ser um perigo para as contas finais, a Arkea Samsic entrou de novo ao ataque, colocando todos os seus elementos à frente do pelotão.
Depois foi a vez da Circus Wanty e da Bahrain McLaren soarem os alarmes, enviando os seus elementos para o "comboio" de perseguição aos fugitivos, imprimindo um ritmo diabólico e acabando de vez com as aspirações de Madrazo e companhia a 5 km da meta.
Iniciou-se nesta altura outra batalha, a da vitória parcial e da geral, dado que Bauhaus estava a somente 2 segundos de Bouhanni. A Total Direct Energie tomou a iniciativa do lançamento do sprint a 2 km da meta, até ser a vez da Bahrain McLaren debitar watts de forma massiva. Bauhaus foi lançado por Mark Cavendish, vencendo a etapa à frente de Bouhanni. Assim, Bauhaus bonificou e ganhou também a geral. Rui Costa acabou a geral num brilhante terceiro posto, a 13 segundos.