O tema da cadência de pedalada é debatido desde os anos 60. Há quem esteja convencido de que usar uma cadência elevada é o ideal, mas também há quem pense o contrário. Afinal o que é mais correto? Como é que devemos pedalar para nos cansarmos menos? Os estudos científicos realizados geraram pontos de vista bastante distintos e como o tema é complexo, não é fácil generalizar. Contudo, existem vários conceitos nos quais todos os estudos estão de acordo:
1. INDIVIDUAL
A cadência ótima é individual, dado que é influenciada por vários fatores pessoais.
2. INATA
A cadência ótima individual tem um componente inato, ou seja, neurologicamente cada um possui um ritmo de pedalada diferente.
3. LIVRE
A cadência ótima é, normalmente, a que cada um de nós escolhe livremente. Em vários estudos ficou comprovado que a cadência livremente escolhida por cada um de nós é a que mais se aproxima da cadência medida como a mais económica em termos de consumo de oxigénio, ou seja, segundo a fisiologia de pedalada.
4. SEGUNDO A POTÊNCIA
A cadência ótima está relacionada com a potência a que se pedala. Quanto mais potência de pedalada, maior será a cadência ótima. É por isso que os ciclistas profissionais optam por cadências mais elevadas do que os ciclistas amadores.
5. SUBIR OU BAIXAR A CADÊNCIA
A cadência ótima é diferente em terreno plano e em subida.
6. EM PLANO
Como regra geral, a cadência ótima para andar em plano encontra-se entre as 80 e as 90 pedaladas por minuto. Em subida, deve estar entre 70 e 80.
7. OS LIMITES
Considera-se como pouco eficiente pedalar a mais de 100 pedaladas por minuto ou abaixo de 60 pedaladas por minuto. Com muita cadência, o consumo energético dispara. Com pouca cadência, compromete-se o fornecimento de oxigénio aos músculos e aumenta o risco de lesão muscular.
8. SÉRIES
As séries denominadas de “força-resistência” que consistem em fazer subidas com muito pouca cadência por vezes provocam uma sobrecarga para as articulações dos joelhos.
9. DESMULTIPLICAÇÕES
A escolha das desmultiplicações condiciona em grande parte a cadência de pedalada. Agora que há tanta variedade em termos de tamanhos de cremalheiras, é importante ter em conta se as desmultiplicações escolhidas nos permitem manter uma cadência de pedalada ótima em função do tipo de voltas que damos.
10. O TERRENO
No BTT, o estado do terreno condiciona a cadência em muitas ocasiões, pelo que tudo o que referimos nos pontos anteriores pode tornar-se completamente inútil... Em zonas com pouca aderência convém ir com cadência baixa para evitar que a roda patine.