Terminou uma das edições mais emocionantes da Volta a Itália dos últimos 10 anos, com incerteza de quem seria o top5 praticamente até ao último minuto.
No contrarrelógio de ontem, em Verona, o americano Chad Haga (Sunweb) fez o melhor tempo, seguido de Victor Campenaerts (Lotto Soudal) e de Thomas de Gendt (Lotto Soudal).
Quanto à classificação geral, Richard Carapaz (Movistar) confirmou a sua vitória na edição 102 do Giro de Itália - a primeira para um ciclista equatoriano - após conseguir fazer um contrarrelógio regular (lembramos que não é a sua especialidade). Vincenzo Nibali (Bahrain Merida) fez um excelente crono, mas o registro não lhe serviu para subir ao primeiro posto. Quanto ao terceiro lugar no pódio, Mikel Landa (Movistar) não conseguiu manter os 23" de vantagem que tinha sobre Primoz Roglic (Jumbo Visma), pelo que foi o ciclista da Jumbo a bater o espanhol por 8".
Crónica de uma vitória anunciada
A subida a Torricelle, entre o km 4,7 e 9,2 dos 15,6 que tinha o contrarrelógio, era a principal dificuldade de um percurso que finalizou na mítica Arena de Verona. Um traçado com bom asfalto, sem dificuldades técnicas - salvo algumas curvas em descida - e um público animado foram os ingredientes de um dia quente nesta Volta a Itália, onde estiveram presentes vários equatorianos no público, bem como alguns portugueses. A luta entre Landa e Roglic pelo terceiro posto foi um dos pratos fortes do dia.
O vencedor da classificação geral, Richard Carapaz, considerado agora um herói no seu país - e que já competiu em Portugal, na Volta ao Alentejo - ganha agora um novo estatuto na Movistar.
Quanto ao português Amaro Antunes (CCC Team), acabou em 54º na classificação geral, a 2h09m51. Antunes, que não estava apontado como um dos ciclistas da equipa para o Giro, foi chamado à última hora e, apesar de nem sequer ter feito um estágio em altitude antes desta prova, esteve em destaque, não só em fugas, mas também pelo terceiro lugar da etapa de sexta feira.
Classificação da etapa
Classificação geral final